No Regrets - 6º capítulo.

Eu estou a fazer esta fic (romance/drama) dos one direction na street team oficial pt deles.
queria as vossas sinceras opiniões e espero que gostem. ♥

ps: todos os capítulos vão ter uma música para o acompanhar (em spoiler, como em baixo).

Spoiler:

No Regrets - 6º capítulo. Tumblrlsyid5bms41qi6afw

introdução

As lágrimas percorrem o meu rosto. Corro sem qualquer direção. Não vejo nada nem ninguém à minha volta. Os sentimentos e pensamentos apoderam-se da minha cabeça e do meu corpo. Estou desiludida, mais uma vez.
"Porque é que não me deixam respirar?!", pensava. Queria gritar em alto e bom som, mas por alguma razão a minha voz tinha desaparecido. Aliás, uma parte de mim já tinha desaparecido à muito. Desde criança que sonho ser feliz, mas tenho sempre alguém ou algo a não me deixar concretizar esse sonho. Será que não têm noção do quanto sofro? Os meus pais fazem da minha vida um inferno. Não há um dia que não discutam, nem um único dia me deixem dormir...Estou farta desta vida. Em pequena, era a vítima em quem tudo e todos punham as culpas em cima, batiam e discutiam sem ter culpa nenhuma. Queria por momentos "desligar-me" de tudo e sonhar para sempre, aí ao menos podia ser feliz.
Toda a gente diz que sou a rapariga mais feliz que conhecem, que me estou sempre a rir. Nem eles sabem que isso é só uma máscara que eu tenho 24 sobre 24h por dia. Quando não estou em casa, não penso sequer na minha vida "entre paredes". Tento divertir-me, rir até não poder mais, estar com pessoas que me façam sentir bem porque sei que mal entrar em casa vou, outra vez, ouvir aquela linda sinfonia que se repete todos os dias. O que é que eu faço? Vou para o quarto, meto os auscultadores e o lençol por cima da cabeça. Já pedi tanto a Deus para me ajudar, estar ao meu lado e para parar isto de uma vez por todas mas isso nunca acontece. Por esse motivo, digo sempre que a minha religião é a música porque é a única coisa que verdadeiramente me acalma.
Estou sem fôlego. Páro e olho em meu redor. Onde estou? Não sei, mas é muito sossegado. Limpo as lágrimas da minha cara e tento reconhecer o sítio. Uma coisa sei, estou perdida.

*o*
quero ler o primeiro capitulo imediatamente xD

ps: a música está no spoiler.

Spoiler:

Fico aterrorizada. Caminho até ao final da rua, que parecia ser a mais movimentada daquele lugar. Olho para tudo e para todos, na esperança de encontrar alguém meu conhecido. Parei em frente a uma padaria, e olhei para o meu reflexo na montra. Estava uma miséria. Estava pálida, com os olhos vermelhos de ter estado a chorar. De repente, senti um arrepio em todo o meu corpo.
- Precisas de ajuda? - disse-me.
Virei-me e fiquei sem fala. Engasgando-me lá lhe respondi, olhando para o chão.
- Sim, acho que..estou perdida.
- Perdida? - retorquiu sorrindo.
- Não sei onde estou, eu vinha a correr e quando dei por mim estava aqui.
- Isto é Holmes Chapel. Mas estás bem? Não estás com boa cara.
Estava super envergonhada. Não gosto que as pessoas pensem que sou uma "coitadinha". Eu sempre me arranjei sozinha, mas parece que neste caso ia mesmo ter que precisar de ajuda. O rapaz olhava para mim com preocupação.
- Estou, obrigada. - disse-lhe. - Só preciso que me digas o caminho mais perto para Winsford.
- Eu até te dizia se soubesse que não te perdias ou que estavas bem.
Mas porquê tanta preocupação? Este rapaz não me conhece de lado nenhum. Eu já me sentia melhor, eu conseguia ir sozinha...mas ele parecia mesmo estar preocupado.
- Eu estou bem, a sério. - respondi-lhe forçando um sorriso.
- Vá, anda daí. Eu levo-te até lá. E não me contraries. - sorriu.
Eu limitei-me a olhar para ele e acompanhar o seu passo. Entretanto podia observá-lo, coisa que ainda não tinha feito. A sua cara transmitia confiança, e os seus caracóis ternura. Era muito simpático em me levar até casa, coisa que muito poucas pessoas faziam sem me conhecerem. Desvio o olhar quando noto que está a olhar para mim.
- Já agora, eu chamo-me Harry e tu?
- Eu sou a Rita. - olho a primeira vez diretamente para os seus olhos.
Ele apenas sorriu e continuou a caminhar. Finalmente reconheço o sítio. Vejo a placa a dizer "Bem-vindo a Winsford" e de repente comecei a ficar cada vez mais triste. Sabia que ia outra vez para aquele inferno a que chamo casa. Não queria que Harry visse ou ouvisse algum daqueles "filmes" por isso achei melhor parar.
- Pronto, obrigada por me teres trazido aqui.
- De nada, mas...posso-te fazer uma pergunta?
Não sabia o que vinha dali, por isso fiz fisgas para que não fosse nada de mal.
- Sim.
- O que é que aconteceu para nem sequer reparares que tinhas ido para Holmes Chapel?
Bem sabia que não devia de ter dito sim. E agora, o que fazia?! Mentia-lhe, dizia-lhe a verdade? Não queria que ele tivesse pena de mim.
- Não foi nada de especial, eu estava a fazer...exercício. Quando dei por mim, estava numa terra desconhecida.
- Não acredito em nada disso. Mas eu percebo, afinal, não me conheces de lado nenhum.
Ele parecia ter a ideia errada de mim. Eu não sou antipática, eu adoro ter pessoas ao meu lado. Mas apesar de não o conhecer, ele transmitia-me algo de bom.
- Não é nada disso. A sério. Eu não te posso contar, desculpa.
- Ok, não faz mal. Estás entregue. - disse.
E assim, ele virou costas e seguiu caminho. Eu fiz o mesmo e quando cheguei a casa a situação era a que tinha previsto. Mais uma vez, fui para o meu quarto e rendi-me à música. No dia seguinte começava o novo ano lectivo e eu ia ter uma turma nova. Estava ansiosa por conhecer pessoas e professores novos.
E assim foi. Quando dei por mim estava a entrar na escola com a mala ao ombro e um sorriso na cara. Encontrei os meus "velhos" amigos e esperei até ao primeiro toque. Dirigia-me para a sala, quando reconheço uma voz. Viro-me e fico paralisada dos pés à cabeça. Era o Harry, com os seus amigos. Felizmente não iam para a minha sala. Entrei, e sentei-me na última fila ao lado de uma rapariga de cabelo preto e vestido azul. Ela logo me saudou.
- Olá! Chamo-me Gemma e tu?
Eu apenas sorri e limitei-me a responder a todas as suas perguntas até o professor chegar. Mas no meu pensamento estava apenas uma coisa. A tarde anterior e claro, Harry.

LINDO !!!

Adorei!!

ai o harry... ele é a coisa mais fofa *-*

continua rápido xD

Eu estou a seguir esta fic no forum dos 1D , deixa - me dizer - te que está cada vez mais linda rita *-*

Amo mesmo esta fanfic ^^

Tens que continuar (:

aia ... vou lá ver entao xD

Opah olha sempre que escrevem/falam nos one direction eu fico babada.... imaginas como eu estou agora... não queiras saber... estou rodeada por uma poça xD

Agora a serio (não é que eu não fique babada quando os vejo ahah) continua... gosto bastante da tua escrita Very Happy

obrigada pelos comentários muito lindos. ♥♥

Spoiler:

O professor de história era velho, carrancudo e para além disso maldisposto. Aposto que esta vai ser uma das aulas mais secantes.
Entretanto, Gemma apresentava-me algumas das pessoas da turma que eram da sua turma do ano passado.
- E esta é a minha melhor amiga, a Raquel.
Olhei para a rapariga e sorri-lhe. Parecia ser simpática. Tinha cabelo castanho, longo e olhos verdes.
- Olá. - disse retorquindo o sorriso.
Passamos os dez minutos restantes a falar e a saber o que tínhamos em comum, que por acaso até era muito. Quando a campainha tocou, Gemma pegou na minha mão e "arrastou-me" pra fora da sala. Não havia sinais de Harry e por isso estava mais confortável ao pé das meninas. Elas falavam-me de tudo e todos para eu ficar a conhecer as fofocas dos meus novos colegas. Eu também lá lhes ia falando da minha vida, mas sempre que elas tentavam falar da minha casa ou dos meus pais eu desviava a conversa. Quando nos estávamos todas a rir pelo que a Raquel tinha feito numa despedida de solteiro de uma amiga da mãe, ouvi chamar o seu nome.
- Raquel!
Reconheci logo aquela voz. Queria que fosse alguém com uma voz muito parecida com a dele, mas...
- Harry!
Olhei para o chão pois não queria que Harry lhes contasse o que me tinha acontecido no dia anterior. Raquel logo se apressou a apresentar-me.
- Esta é a Rita, ela é da nossa turma. É muito engraçada, demo-nos logo bem!- dizia piscando-me o olho.
Eu tentei sorrir mas acho que isso não aconteceu. Naquele instante, os nossos olhares cruzaram-se.
- Ah...Olá. - respondeu sorrindo.
- Olá. - disse-lhe olhando para o chão.
Ele aproximou-se de mim e deu-me dois beijos. Sussurou-me baixinho perto da orelha.
- Não, eu não vou dizer nada.
Eu limitei-me a sorrir, desta vez de verdade. Ele parecia ser um rapaz diferente dos outros, não me queria prejudicar. Então parece que partilhamos uma espécie de "segredo". Devolveu-me o sorriso, fixando o olhar para mim deixando-me envergonhada.
- Mana, sabes onde estão os outros? Temos que ir praticar para a festa de início de aulas.
MANA?! Os meus olhos ficaram esbugalhados naquele momento. A Raquel e o Harry, irmãos? Ai no que é que eu me vim meter...
- Não sei. Vai ver no bar, pode ser que estejam lá.
Eu estava surpreendida com aquilo que acabava de ver. Tudo me vinha à cabeça naquele momento. Será que em casa ele não lhe ia dizer nada? Se dissesse já sabia que ela me iria fazer perguntas e eu teria que lhe dizer a verdade. Harry já tinha ido para o bar.
- Porque é que me pareceu que o meu irmão te disse qualquer coisa ao ouvido? - perguntou Raquel.
- Nada disso, ele nem sequer me conhece. - respondi-lhe atrapalhada.
Raquel sorria matreiramente. Olhava para mim como quem não acreditava em nada do que eu tinha dito.
- Tens a certeza?
- Absoluta!
- Então já que é assim não te vais importar de vir a minha casa hoje, quando as aulas acabarem.
Já estava à espera que ela me fizesse algo assim. Se eu queria encobrir a minha história, só podia aceitar.
E assim foi, mal deu o último toque Raquel e eu seguimos para casa dela. Pelo caminho contava-me mais aspectos da vida dela, entre eles, aspectos de Harry. Sabia que ele tinha uma banda, os White Eskimo, com mais três amigos. E que quando entrássemos na sua casa, eles provavelmente iriam estar lá. Também me disse que Harry não namorava, e quando disse isso olhou para mim como que quisesse ver a minha cara. Eu não reagi, embora até ficasse contente. Porquê? Isso não sei. Entramos em casa, era linda. A sala tinha cores cativantes e a lareira saltava logo à vista. Pousamos as nossas mochilas no chão e Raquel pegou na minha mão levando-me até à sua cozinha. Pegou num iogurte e em bolachas e ofereceu-mas.
- Olá meninas. - Disse.
Pelo que via, estava muito esfomeado. Não sabia quem era, mas presumi que fosse um dos elementos da banda de Harry. Entretanto ouvia uma voz de alguém prestes a chegar à cozinha. Sim, era Harry que mal chegou esboçou um sorriso.
- Olá! Meninos, esta é a nova amiga da minha irmã. - Quando disse isso, chegaram logo mais dois rapazes.
- Olá.
Aproximou-se de mim e pegou na minha mão, levando-me mais para o lado.
- Tu não consegues estar longe de mim. - Disse rindo.
Eu também não me deixei ficar.
- Claro que não. - Disse-lhe retribuindo o sorriso. - Estive todo o dia a tentar convencer a tua irmã que aquela era a primeira vez que te tinha visto, obrigadinha.
- Oh...parece que ela sempre tinha razão. - Piscou-me o olho.

eu já li até ao 4º capitulo.
perdoa-me....nao me contive xD

E a história é fabulosa *-*

eu não me importo, mesmo nada.
ainda bem que estás a gostar, acredita que significa muito para mim. *

de nada xD

ahahah estou, estou a gostar mesmo muito Very Happy

Claro , toda a gente que lê gosta , porque a história , o contexto é absolutamente perfeitoo *-*

Continua , se não eu morro *-*

obrigada por todos os comentários, espero que gostem (apesar de este ter sido feito à pressa).

Spoiler:

Olhei para ele, envergonhada e sorri. Quando nos aproximamos, todos nos olharam de lado com um olhar suspeito. Raquel fitava-me, fazendo-me ficar atrapalhada, mas por muito que ela olhasse para mim eu fingia que não a estava a ver. Harry e eu trocamos olhares como que a pedir ajuda mutuamente. No momento em que eu ia falar, Harry quebrou o silêncio.
- Tudo pronto? Vamos ensaiar então. - disse já em direção à garagem.
Os rapazes acompanharam-no deixando-me sozinha com Raquel, que continuava a olhar para mim.
- Que foi? - perguntei-lhe incomodada.
- Nunca se tinham conhecido... - disse ela.
- Ok, já nos tínhamos conhecido. Contente? - respondi-lhe com sarcasmo.
Raquel sorriu, pegando na minha mão e guiando-me pelos corredores desconhecidos, até chegar a uma porta com uma estrela. Presumi que fosse o seu quarto. Entramos, e eu ficara logo deslumbrada. O seu quarto era em tons de bege, laranja e castanho. Tinha uma cama enorme com montes de almofadas e um edredão lindo com motivos florais.
- Sabes uma coisa? Acho que tu e o meu irmão davam um lindo casal. - disse fitando-me.
A minha expressão mudou rapidamente e sentia a minha cara a escaldar. Tinha ficado completamente vermelha.
- Não faças filmes, Raquel. - respondi-lhe imediatamente, acabando com o assunto.
- Eu não vou desistir até fazer o arranjinho. - retorquiu, cruzando os braços.
Eu encolhi os ombros, concentrando-me nos quadros que ela tinha espalhado pelo seu quarto, eram lindos e pareciam ser feitos por ela. Raquel convidou-me para ir ver o resto da sua casa e eu aceitei. Fiquei a conhecer o escritório, os outros quartos, o sótão e até as casas de banho. Quando chegámos à garagem, os rapazes estavam a ensaiar. Raquel foi a correr ter com o rapaz que tinha a guitarra, beijando-o. Logo percebi que aquele era o Nick que ela tanto falava, o seu namorado. Harry começara imediatamente a reclamar fazendo com que eles se "separassem" e a banda continuasse o ensaio. Eu virei costas pois não os queria incomodar, dirigindo-me à cozinha.
- Onde vais? - perguntava Raquel.
- Não os quero incomodar, vou para a cozinha.
Harry interrompera-me logo.
- Não incomodas nada, pelo contrário. Fica aqui. - disse.
Eu sorri-lhe e sentei-me num dos sofás espalhados pela garagem. Eles começaram a tocar uma música. Eu reconhecia-a em qualquer lado, era a "You found me" dos The Fray, que por acaso era uma das minhas favoritas. Comecei logo a cantá-la, sem me aperceber. Harry cantava-a com emoção e eu estava fixada nele. Ele despertava algo em mim como ninguém ainda tinha feito. Estávamos os dois a olharmo-nos nos olhos. Eu por vezes sorria, outras vezes era ele. No final, eu e a Raquel batemos palmas. E os elementos da banda fizeram as vénias de agradecimento, na brincadeira. Harry aproximou-se de nós.
- Então, gostaram?
- Claro que sim. - disse Raquel dando-lhe um abraço.
- Sim, gostei muito. - respondi-lhe.
- Tu cantas muito bem. Estou a falar a sério, ouvi-te cantar ao mesmo tempo que eu. - disse-me ele.
- Eu não acho, mas obrigada.
- Olha...- disse puxando-me mais para o lado - estás melhor? - perguntou.
- Sim, obrigada. Ontem se não fosses tu...
- Não tens que agradecer, ainda bem que fui eu.
- Sim, também acho.
E ambos sorrimos.

eu já li até ao 5º capitulo hehehe

ahahahah
é tão linda a história *suspira*

Mod. Publicidade Mensagens : 364 Data de inscrição : 24/09/2011 Idade : 110

eu gostaria de saber se algum comentário meu a este tópico foi apagado e, se sim, o motivo...

*Pondera*
Eu gosto (:
Os capítulos são curtinhos, poderiam ser um pouco mais desenvolvidos, com um bocadinho mais de "acção2 por assim dizer, ou então com uma linha de tempo não tão apressada. Bem, já estou a divagar. Peço desculpa, não consigo evitar estas críticas/sugestões ^^''

De qualquer forma estou a gostar do enredo em si. Vou seguir (:
Tem o Harry *O* (xDDD)

ahahah, obrigada fofinha *

Spoiler:

A banda acabou o ensaio e como já estava a ficar tarde decidi ir para casa. Após muito caminhar cheguei, estafada. Achei estranho estar tudo tão calmo e fui ver o que se passava. Entrei na cozinha e encontrei a minha mãe a chorar compulsivamente. Corri na sua direção e abracei-a com força. Tinha medo de perguntar o que se tinha passado mas por um lado eu já fazia uma pequena ideia do que se passava.
- O teu pai foi embora, de vez. - disse soluçando.
Conseguia sentir as lágrimas a correrem pelo meu rosto. Estava de rastos. Claro que o ambiente em casa nunca tinha sido bom mas tínhamos tido vários momentos incríveis e jamais pensaria que isto alguma vez podia acontecer. Estive a acalmar a minha mãe o resto da noite até que ela finalmente adormecesse. Desliguei as luzes de toda a casa e fui para o quarto. Olhei para o relógio. Eram 3h da manhã e eu estava estafada. Por muito que tentasse adormecer não conseguia, só chorava. A noite foi passando até que o meu despertador tocou. Vesti-me, fui ver a minha mãe que ainda dormia e segui caminho para a escola. Cheguei dez minutos atrasada. Entrei na sala, pedi desculpa ao professor e dirigi-me ao meu lugar. Olhava para o quadro e para o professor mas não estava a ouvir nada. A minha cabeça estava noutro lugar. Só pensava em como é que a minha mãe estaria, ou como o meu pai tinha saído e nem sequer me ligado. Estava com os olhos cheios de lágrimas mas fazia o máximo para me aguentar. Os 90 minutos passaram a correr. Saí da sala e sentei-me no primeiro banco que vi. Pus os meus auscultadores, ouvi música e pensei na minha vida. Raquel fez-me sinal para ir com ela e com Gemma, mas não tinha sequer forças para fingir que estava tudo bem. Tinha atingido o meu máximo, estava completamente devastada. As lágrimas começaram a cair, mais uma vez e eu simplesmente pousei a cabeça em cima dos meus joelhos e chorei compulsivamente. Senti que alguém se tinha sentado a meu lado. Olhei discretamente, mas antes que pousasse outra vez a cabeça, esse "alguém" tirou-me um dos meus auscultadores.
- O que é que tens? O que é que se passa? - perguntou-me Harry.
Eu não me consegui controlar e desatei a chorar. Ele abraçou-me e estivemos assim durante algum tempo até eu parar. Ele tinha conseguido acalmar-me com um único abraço. Agora não valia a pena mentir, ele tinha visto o meu lado obscuro e secreto.
- Está tudo mal, eu não consigo disfarçar. - disse-lhe desesperando.
- Mas o que é que se passou?
- Os meus pais...separaram-se. - respondi-lhe já entre lágrimas. - Eu nunca pensei que isto pudesse acontecer, nunca. Sempre consegui manter-me afastada dos problemas de casa mas isto...não dá para esconder.
Notei que a cara de Harry tinha mudado, estando mais séria. Olhava para mim, preocupado.
- Eu sou a única pessoa que sabe disto? - perguntou-me.
- És. Por favor não contes isto a ninguém, é uma faceta minha que ninguém tinha visto. Peço-te. - pedi-lhe.
Harry pousou a sua mão na minha e acariciou-a. Sorriu para mim, fazendo-me ficar mais calma.
- Eu não conto. Acalma-te, não podes ir assim para a aula. O que é que queres que eu faça para ficares melhor? - disse.
Eu sorri, peguei-lhe na mão e arrastei-o até à porta da minha sala. Olhamo-nos nos olhos, por breves momentos.
- Acredita que já fizeste muito. Não sei porquê mas consegues acalmar-me. Obrigada. - confessei-lhe.
- Quando a última aula acabar, eu vou estar aqui para te levar a casa. Não quero que vás sozinha. - disse-me.
- Não era preciso, mas pronto.
Largamos as mãos e cada um seguiu caminhos opostos. Respirei fundo e entrei na sala. Nessa aula já estive atenta. Harry realmente tinha conseguido acalmar-me. Estava até ansiosa pelo final do dia. E o tempo passou a correr. Sem dar conta, já tocava para sairmos da última aula. Arrumei as minhas coisas e apressei-me. Mal saí, senti uma mão a puxar-me.
- Estás melhor?
- Agora estou. - disse-lhe sorrindo.
Ele retribuiu-me o sorriso e começou a caminhar. Pelo caminho, contei-lhe tudo o que se tinha passado com os meus pais e comigo. Conseguia desabafar com ele com naturalidade. Contava-lhe de todas as discussões, os episódios em que me batiam, aqueles em que era acusada de coisas que não faziam sentido e até da rotina que eu tinha todos os dias. Harry ouvia todas essas histórias atentamente e por vezes até nem acreditava naquilo que eu dizia.
- Agora faz tudo sentido. Tu tinhas estado a chorar quando nos encontramos pela primeira vez. Era por causa disso, não era? Eu vi logo que se passava alguma coisa.
- Sim, é verdade. Eles não fazem ideia do quanto sofro por causa deles.
Paramos em frente a minha casa, em silêncio. Preparava-me para passar mais uma noite a consolar a minha mãe. Harry abraçava-me. Queria ficar para sempre com ele assim. Conseguia sentir a sua respiração e sentia-me relaxada. Decidi dar-lhe um beijo na cara como gesto de agradecimento.
- Obrigada por tudo, mesmo.
- Se acontecer alguma coisa tens o meu número.
- Vá, só saberemos o futuro se o encararmos de frente. - disse-lhe, respirando fundo.
- Até amanhã, boa sorte. - respondeu-me.
Só entrei em casa até Harry se ir embora. Abri a porta e pensei para mim própria "Tu consegues".

Lilyh escreveu:: *Pondera*
Eu gosto (:
Os capítulos são curtinhos, poderiam ser um pouco mais desenvolvidos, com um bocadinho mais de "acção2 por assim dizer, ou então com uma linha de tempo não tão apressada. Bem, já estou a divagar. Peço desculpa, não consigo evitar estas críticas/sugestões ^^''

De qualquer forma estou a gostar do enredo em si. Vou seguir (:
Tem o Harry *O* (xDDD)

é dessas criticas que os autores precisam Wink

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No entanto, as minhas são misteriosamente apagadas Cool

Special K escreveu:: No entanto, as minhas são misteriosamente apagadas

são? :O

Tu até costumas ser bastante simpatica nos comentarios das historias -.-

Eu vou perguntar ao resto da administração okay? Very Happy

Mod. Publicidade Mensagens : 364 Data de inscrição : 24/09/2011 Idade : 110

sim, eu tinha aconselhado à autora neste tópico que esta fizesse frases mais longas usando mais conectores.

e não foste tu que apagaste sem querer?

eu nao estou a culpar ninguem, apenas estou a tentar perceber ^^

Mod. Publicidade Mensagens : 364 Data de inscrição : 24/09/2011 Idade : 110

não, apagar não apaguei. Possível é que a mensagem não tenha sido enviada, mas penso que foi.

pois... mas e já aconteceu em mais algum topico? enviares um comentário e apagar?

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